terça-feira, 11 de maio de 2010

Boa tarde, Luís e a todos. Seja bem vindo a este espaço e agradeço desde já pelo convite do lançamento do seu livro, que esperemos que tenha bastante sucesso!
Concordo plenamente quando diz que está a haver um certo retrocesso nas escolas, para com os estudantes com NEE's. É um facto que, a partida não deveria
ter grande razão de ser, uma vez que os estudantes actuais têm a vida mais facilitada em relação aos estudantes com NEE's de há cerca de 20 anos a trás,
por exemplo, isto graças às novas tecnologias que nos vieram abrir caminho às acessibilidades à informação. O que acontece também, muitas das vezes é
que devido a uma grande superprotecção por parte dos pais, e isto é válido para todos os estudantes de hoje, o maior problema prende-se com os seus baixos
graus de autonomia, porque os resultados académicos, mesmo até para alguns estudantes com NEE's acabam por ser satisfatórios.
Quanto às escolas de referência, os maiores problemas que se colocam são: as grandes deslocações que estes alunos precisam de fazer até chegar à escola
e a forma drástica com que eles deixam o seu próprio meio; a falta de material existente e a falta de preparação do pessoal docente para lidar com este
tipo de situações. Todas estas questões fazem com que estes alunos, na sua esmagadora maioria, se sintam desmotivados e muitos deles optam por abandonar
os estudos, enquanto que outros concluem apenas o ensino secundário, mas com imensas dificuldades.
No entanto, como isto ainda é tudo muito recente, eu fico a aguardar por eventuais melhorias, se bem que tudo isto me parece, um tanto ou quanto utópico.

Educação Especial

EDUCAÇÃO ESPECIAL


A Educação Especial Reporta-se a uma área de conhecimento e a um campo de actuação profissional
De um modo geral, encontra-se vocacionada para o estudo e intervenção educativa junto de um grupo de pessoas que, fruto de factores
diversificados, não vêem as suas necessidades colmatadas com recurso às opções regulares existentes:
Encontra-se organizada para atender especificamente às necessidades de pessoas com NEE mas também às suas famílias
A sua intervenção inclui todos os contextos em que a pessoa com NEE se encontra incluída desde a sua casa, à escola, à comunidade, à própria sociedade)


Correia (1997), quando se refere ao conceito de Necessidades Educativas Especiais, refere que este se aplica a crianças e adolescentes com problemas sensoriais,
físicos, intelectuais e emocionais e, também, com dificuldades de aprendizagem derivadas de factores orgânicos ou ambientais.
Como podemos verificar, o conceito de Necessidades Educativas Especiais já não se aplica apenas às pessoas com deficiência, porém há todo um conjunto de perturbações que se podem considerar como NEE’s, tais como por exemplo:
Pessoas socioculturalmente desfavorecidas;
deficiências sensoriais (visão, audição e fala);
deficiências motoras;
deficiências mentais;
multideficiências (deficiências associadas);
espectro do autismo;
desordem de atenção e hiperactividade;
sobredotação;
dislexia;
descalculia;
depressão bipolar;
exquisofrenia;
fibriomielgia;
entre outras.
As Necessidades Educativas Especiais, por estarem relacionadas com as características que marcam a diferença nos indivíduos acabam por ser, na maioria dos casos, sobretudo quando essa diferença é visível, motivo de discriminação.
Discriminar significa fazer uma distinção. Existem vários significados para a palavra, o significado mais comum tem a ver com a discriminação sociológica: a discriminação social, racial, sexual, religiosa ou étnica.
A discriminação pode-se dar por: sexo, idade, cor, estado civil, ou por ser a pessoa portadora de algum tipo de deficiência.
Discrimina-se, ainda, por doença, orientação sexual, aparência e por uma série de outros motivos que nada têm a ver com os requisitos necessários ao efectivo desempenho da função oferecida.
em Portugal
segundo a Amnistia Internacional, em Portugal, as formas de discriminação mais significativas são: a discriminação com base na orientação sexual, na origem étnica e na deficiência. A discriminação baseada na idade, no género, na religião ou crenças, ainda continua a ocorrer embora numa menor escala.